domingo, 30 de outubro de 2011

Ainda hoje é o dia em que eu me arrependo sinceramente de ter guardado para mim a dor, de ter engolido a seco as palavras que precisava de dizer. Arrependo-me de verdade das lágrimas que não deixei escorrer pelo meu rosto. E agora? Agora sinto que esses dias em que me calei para ajudar os outros, me vão perseguir para sempre.
Ainda hoje é o dia onde me dói porque eu não ter deixado que doesse na hora. E agora? E agora sofro todos os dias um pouco por não ter feito o luto no momento oportuno. No fundo, eu não sou forte como pensava e como todos dizem. Eu sou fraca porque ainda hoje sofro por aquilo que aconteceu há mais de um ano e meio. Não consigo virar a página e vivo atormentada por imagens daqueles dias, por palavras de pessoas que me quiseram ver sorrir demasiado cedo para uma miúda de catorze anos que estava a tentar compreender e lidar com tudo o que se estava a passar.
Enfim, morro de saudades tuas, mulher da minha vida. ♥

sábado, 29 de outubro de 2011

Ainda pensas em mim? Ainda te lembras dos dias cheios de sol onde eu era a que ganhava no concurso "vamos-ver-quem-mais-irrita-a-avó"? De onde quer que estejas tu, vês a luta diária da mãe para me dar uma boa educação? Vês a mãe a preparar-me o leite com cereais, todas as manhãs?
Depois da tua morte, vi que nem toda a gente gostava realmente de ti, vi coisas que não queria ter visto, passei por coisas difíceis e ouvi conversas que denegriam a tua imagem.
Mas o que importa isso se para mim serás para sempre a melhor? Aquela que ultrapassa a barreira da bondade e aquela que nunca fez mal a ninguém para além de si própria.
Vi pessoas que nunca antes tinha visto, irem pousar uma flor por cima da pedra de mármore que te recobria. E ainda hoje, gostava de saber de quem era o ramo de rosas amarelas que lá ficou também. Porquê esse ramo em específico? Porque foi uma daquelas rosas que eu escolhi por entre todas as flores, para que fosse repousar ao teu lado.
Sabes, fazes-me mais falta do que o ar para respirar. E admito, durmo todas as noites com algo teu para me sentir mais protegida. E cada vez que vejo alguém sofrer, lembro-me de ti que foste aquela que mais sofreu.
Espero que ainda me vejas e que ainda te orgulhes de mim, que ainda gostes mais de mim do que todos os outros porque eu, ainda gosto mais de ti do que de todos os outros.
Fazes-me uma falta de morte... De morte, mesmo.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Sei perfeitamente que deves ser aquele que mais deseja ver o meu sorriso a toda a hora, sei perfeitamente disso. Mas também sei que me tornei muito frágil nos últimos tempos e que, principalmente isto, dava tudo e mais alguma coisa para que ela não escrevesse mais sobre ti, para que ela não falasse mais dos teus abraços e na loucura das vossas palavras. Também agradecia de deixar de vê-la nas minhas aulas, o único lugar onde, antes, eu estava segura de não lhe pôr o olhar em cima.
Eu deveria (e com toda a razão do mundo), sentir-me vencedora porque no final das contas, quem tem os teus braços à volta, quem é levantada por ti, quem recebe beijos na testa, quem ouve palavras maravilhosas e quem tem o teu olhar constantemente direccionado, sou efectivamente eu.
No entanto, eu não me sinto uma vencedora. Ponto número um porque não te considero nenhum troféu, ponto número dois porque não foi nenhum prazer ver que ela sofreu e ponto número três, porque talvez a minha dor seja mil vezes mais sentida/sincera que a dela.
E sabes porquê? Porque eu escrevo para me libertar, porque as lágrimas me escorrem pelo rosto e porque me inundam a alma. Desde cedo precisei de escrever mas raramente necessitei de mostrar aquilo que escrevia, cheguei muitas vezes a esconder o meu diário nos lugares mais incríveis para que ninguém entendesse o meu estado de espírito. E ela? Escreve para o simples facto de se libertar? Não me parece e eu vou dizer-te o que me parece realmente; a mim parece-me que ela escreve para que todos se preocupem, escreve para que eu veja ou para que tu vejas.
Se eu fosse mais forte eu saberia perfeitamente o que fazer ou para onde ir mas como sou fraca e morro de dores internas e feridas por sarar, vou continuar a deixar-me ir com o decorrer dos acontecimentos.
Enquanto vou tentando fazer isso tudo, vou simultaneamente tentando controlar-me para não fazer disparates de que mais tarde me possa vir a arrepender.
E do lado dela, chega de provocar.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Será realmente possível que tu não tenhas sido feito para mim? Admito que não tenho uma resposta objectiva e clara para esta pergunta. Tudo o que posso dizer por hoje é que a nossa tarde fala por nós.
Sinto que há coisas que realmente não mudam e que mesmo que posteriormente tu aqueças o coração de outra ou mesmo que eu seja a protegida de outro homem, os nossos corações estarão sempre um no outro, incondicionalmente.
E sei dizer, felizmente ou infelizmente, como digo sempre que, faças tu o que fizeres, digas tu aquilo que disseres, a minha felicidade está nas tuas mãos e eu irei sempre voltar para ti.
Os meses de maior frio são os nossos meses, é aquela altura do ano onde só nos apetece estar agarrado um ao outro sem mais nada fazer. Apetece-nos que o mundo páre, que tudo desapareça menos os nossos dois corpos, as nossas conversas maravilhosas e a chuva lá fora.
E hoje, mais uma vez, tenho algo a agradecer-te. Hoje eu agradeço-te e capacidade (e virtude) que tens em ouvir. Todas as mulheres adoram que os homens as ouçam, que se interessem por aquilo que elas dizem.
Enfim, como sempre: eu não poderia pedir melhor do que tu! ♥ (amo-te baixinho mas com muita força.)

domingo, 23 de outubro de 2011

Todos me dizem vezes sem conta que tu te vais fartar disto tudo; de lutar, de reconquistar, de vir atrás de mim. E eu admito que tenho medo, tenho medo que todos eles tenham razão porque não sei se para ti, valho assim tanto a pena...
Mas sabes, eu ainda não fui embora, eu nunca desisti, eu nunca me cansei de olhar para ti mesmo quando estavas com outras: com muito custo, imaginava que nos teus braços, era eu quem lá estava.
Muita coisa se passou, vi muita coisa, ultrapassei umas tantas outras e mesmo assim, acredito que este amor não morreu de verdade. Eu sei que no fundo, ninguém te conhece realmente, só mesmo eu. E eu acredito que tens ainda muito para me dar, acredito que agora sim, vou viver a minha história de encantar!
No entanto, se nada disto resultar, se afinal não formos feitos um para o outro (como eu acho que fomos), sei que vais ser capaz de apaixonar mil e uma rapariga. Tens aqueles braços, aquela magia, aquelas palavras... Tens tudo de um super-herói, tens tudo de um verdadeiro príncipe.
E eu sou (porque sei que sou), a pessoa mais complexa que alguma vez poderás encontrar. Não fico triste. Eu sei quem sou e como sou e sei que é muito difícil de lidar comigo mas, também sei perfeitamente que as pessoas complexas são aquelas que nos enriquecem mais, interiormente.
E aconteça o que acontecer, espero ter-te enriquecido de uma maneira que nunca mais hás-de esquecer. Um beijinho, um beijinho para o amor da minha vida, para aquele que nunca hei-de deixar de amar (felizmente!).

sábado, 22 de outubro de 2011

Mesmo quando o mundo acabar, mesmo quando catástrofes naturais arrasarem com as nossas casas e os nossos lugares preferidos, mesmo quando não se puder confiar em ninguém à nossa volta, mesmo quando nos apontarem o dedo por tudo e por nada, eu terei o meu coração dentro de ti e o teu dentro de mim.
Já pensei que o amor fosse só uma ilusão mas a semana que passou mostrou-me que isto não é ilusão, é realidade. É amor!
A verdade é que as histórias não têm nunca (quase nunca), o desenrolar que gostaríamos que elas tivessem. Mas o que podemos fazer nós senão lutar por aquilo que mais queremos? Entretanto, antes de lutar para melhorar tudo o que deixamos afundar, luto comigo mesma, com as pessoas que acham isto algo errado. Mas principalmente comigo mesma, com as mágoas passadas, com as lágrimas ainda por secar, com o colete à prova de bala que usei durante dias a fio e que ainda não despi.
Reaprendi a tomar conta de mim sozinha, a amparar as minhas próprias quedas, a mostrar um sorriso quando me aparecias à frente. Reaprendi a ser forte sem os teus braços à minha volta mas percebi que já não tenho jeito nenhum para isso e que de quem realmente preciso para ser forte, é de ti.
Incondicionalmente, continuo a dizer com todas as certezas do mundo, que te amo. ♥

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Nunca (nunca mesmo - não minto), fui boa a controlar a minha raiva e isso ainda não mudou. Continuo a querer dar cabo de quem se aproxima de ti. Mas fiz promessas que não posso quebrar, já que as nossas já o foram quase todas.
Não vou mentir, não vou ser falsa porque nunca o fui, não vou dizer-te que as palavras que vi não me feriram imenso. (...) MAS, acredito imenso em ti e na tua persistência, acredito que daqui possa vir a renascer algo maravilhoso. E sei que pode parecer repetitivo mas; nada vai ser como antes.
Ainda não me tinha esquecido do teu cheiro por completo mas voltar a senti-lo tão perto, faz-me pensar que, apesar de tudo, continuas a ser o homem mais bem perfumado do mundo.
Quanto aos outros, que me olham de lado, que criticam, que dizem ou insinuam que roubei algo a alguém; lembrem-se de uma coisa: ele não é nenhum boneco, não o roubei de ninguém e se alguém roubou algo a alguém, foram vocês que roubaram os braços dele do meu corpo.
Não tenho pena das lágrimas que derramam porque derramei no mínimo, o triplo nesta semana toda. Sejam mulheres, não se tentem apoderar do que nunca poderá ser vosso.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Morro de saudades tuas, saudades nossas, saudades dos teus braços a envolverem o meu corpo. Eu sentia-me mais forte do que nunca e agora vejo que a tua protecção está à volta do corpo de outra. As palavras são escassas para aquilo que sinto, sinto vontade de fugir, de ir para longe, de te ver só a ti num mundo só meu.
Enquanto sei que isso é impossível, vou caminhar todos os dias um pouco mais para tentar atingir o final desta dor, continuando com o teu nome gravado no mais íntimo de mim.
Só te peço; não te esqueças de mim... ♥