terça-feira, 29 de novembro de 2011

Quem és tu? Quem é este homem que me move de norte a sul de olhos vendados, se for preciso? Quem é este homem que me faz fazer coisas impossíveis? És real?
E eu, dia após dia, morro de medo que sejas apenas mais um sonho de menina, morro de medo que escondas uma realidade sombria e que tudo volte àquilo que eu era há uns curtíssimos anos. Serás tu realmente o verdadeiro super-homem da minha história de vida? Terás sido tu enviado para a minha vida para compensar todo o mal pelo qual já passei? Será realmente destino, nós acabarmos juntos e felizes para sempre, mesmo se eu não acreditava nisso antes?
São tantas perguntas, tantas dúvidas e tão poucas respostas.
O meu desejo é que tu sejas o único, o homem certo e aquele que vai ficar ao pé de mim. Mas agora o meu coração estremece a cada discussão, agora eu perdi a confiança que eu tinha em mim.
E não penses (nunca penses), que o meu amor por ti ficou mais pequenino porque é completamente o oposto. Por o meu coração ter ficado maior e por todo o espaço extra estar ocupado por ti é que os medos se multiplicaram.
E tu? Entendes o que dizem os meus ciúmes? Dizem que fico petrificada com a ideia de ficar sem ti. Entendes os meus abanões? Dizem que quero que me mostres que me amas loucamente. Entendes quando me afasto? É porque quero que me abraces, que me agarres devagarinho para eu sentir cada centímetro de aproximação entre nós.
Entendes tu realmente o amor que vai dentro do meu peito? Consegues ver ou ficaste cego? Consegues entender que isto, para mim, não é bem um amor de adolescência? Entendes que nem eu própria consigo ver o fim do meu amor por ti?
Quero sentir-te, quero ver nos teus olhos com nitidez que só pensas em mim e que só me vês a mim. Quero ver-te sorridente por estarmos juntos. Quero ser a razão pela qual vale a pena acordar. Não me esqueças…
Ainda sou muito pequenina cá dentro e ainda preciso do meu super-homem para sempre. Não preciso de ti só para mais uns meses, mais umas semanas. Eu preciso de ti para estares ao pé de mim até ao meu último dia.
Ouve o meu coração a gritar! Lembra-te que os meus defeitos podem ser muitos, posso contar tudo a toda a gente, posso dizer amo-te a algumas meninas, posso (…), posso fazer tudo e mais alguma coisa. Mas o meu coração só tem o teu nome lá gravado. E agora, é impossível tirá-lo de lá. Impossível – felizmente.

O amor não é coisa fácil. Não acordamos um dia qualquer e escolhemos uma ou outra pessoa para amar. O amor não bate à porta nem nos deixa saber onde mora. O amor acontece, cresce, fortalece-se.
E depois as pessoas vão mudando, crescendo, e aí o amor pode mudar de maneira negativa. Podemos deixar de gostar da pessoa que amávamos sem barreiras antes e passarmos a amar uma memória que apenas desejamos ter de volta. O amor é complicado e complexo e as pessoas também não simplificam (de todo) as coisas.
Mas o amor consegue dar-nos dias e memórias inesquecíveis. Quando amamos, guardamos bem fundo dentro de nós tudo o que a pessoa que amamos nos diz, olhamos minutos sem conta mesmo quando a pessoa que amamos não está a ver, vamos até ao fim do mundo por ela, acabamos por ceder mesmo se temos a razão do nosso lado. Porquê?
Porque o amor não é questão de razão. O amor é emoção e quando toca à emoção, nós guiamo-nos pelo amor que sentimos pelo outro.
O amor dá dias bons e dias maus, dias fáceis e dias repletos de obstáculos, o amor descansa um dia e testa os nossos sentimentos no outro, o amor é o mais simples e o mais complexo, o amor é tudo e pode tornar-nos em nada.
“O amor só é bom quando são dois” – li eu algures, hoje. E eu sei, eu sei que se a pessoa do outro lado fosse alguém diferente daquilo que tu és, este amor não seria tão verdadeiro e tão mágico como é. Obrigada por estares do outro lado, obrigada.

domingo, 20 de novembro de 2011

Ainda me lembro (perfeitamente) de ser aquela que, na relação, queria espaço e menos beijos. A verdade é que naquelas alturas, não sei porquê mas comecei a sentir-me extremamente sufocada. Então chegou a altura e nós acabamos por ficar realmente um sem o outro, pela primeira vez desde o início da história do nosso amor. E quem nos separou, fui eu. Achei que precisávamos de tempo para sentirmos realmente a falta um do outro, achei que precisávamos de nos deixarmos de conhecer realmente para então aí, (re)começar de novo.
Eu queria isto tudo mas sentia-me profundamente ferida quando os nossos olhares se cruzavam e tu desviavas a cara, quando o teu braço estava à volta de outra pessoa, quando de manhã eu não tinha o meu beijo, quando as minhas mãos ficavam geladas e eu não podia pedir-te para aquece-las.
Enfim, tomei a decisão mais errada de todas as decisões que poderia ter tomado e deixei de ter certezas do teu amor por mim, deixei de sentir que acontecesse o que acontecesse, tu voltarias sempre para os meus braços. As certezas deixaram o lugar para os medos que me vieram invadir. Queria chorar mas mandaram-me ser forte e firme e então cada vez que olhavas para mim, eu tentava sorrir.
Senti o que era realmente perder a pessoa que mais amamos no mundo, senti o desespero de nunca mais voltar a ter-te mas comecei a interiorizar que nunca iria haver volta a dar. Comecei a formar o meu espaço pequenino para poder escrever tudo aquilo que me ia na alma sem tu poderes ler.
Azar o meu (ou não) - tu deste de caras com o meu primeiro texto. Um texto pequeníssimo porque eu não conseguia escrever ainda muito sobre a minha dor. Ela invadia-me todo o corpo.
(...)
E voltamos! Voltamos quando eu já tinha perdido toda a esperança que havia para perder, voltamos quando eu já não sabia se tu em algum momento do dia, realmente te lembravas de mim, de nós, dos nossos momentos. E foi aí, quando voltamos, que soube dar o verdadeiro valor a tudo aquilo que eu já tinha tido de mão beijada. Soube ver que o sufoco já não existia nem um pouco. Vi realmente que agora, mais do que nunca, tinha a necessidade de ter a tua atenção toda centrada em mim. Ainda não percebi bem que estás realmente de volta, tanto é que passo os meus dias a beijar-te sem me fartar um segundo, tanto é que passo os meus dias a dizer que te amo e que te quero só para mim.
É por isso mesmo que continuo a dizer para mim mesma que não foi uma tragédia perder-te. Agora que a tempestade acabou, eu consigo ver nitidamente que sem ti eu não poderia viver. Chamem-me infantil, imatura, sonhadora, não tem mal. Eu só sei que sem ti teria sido completamente impossível continuar.
Obrigada por tudo, obrigada por teres voltado, por teres perdoado, por estares comigo e não quereres estar com mais ninguém. Juro-te por nós que o meu amor vai para além (muito para além), daquilo que te consigo explicar. Nunca serei capaz de voltar a amar desta maneira - e ainda bem. ♥

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Não és literalmente o lado cor-de-rosa do meu mundo; primeiro porque não gosto muito de cor-de-rosa e depois porque o nosso amor também tropeça. Então prefiro dizer que és o melhor lado do meu mundo - e não minto porque és mesmo o melhor do meu mundo, o melhor de mim, o melhor dos meus sonhos.
Será assim tão errado eu deixar com que a vida me faça sentir uma menina pequenina, desprotegida e assustada que precisa constantemente de ti para sorrir? Eu não acho que seja assim tão errado como os outros dizem que é. Sabes porquê? Porque é tão bom ser pequenina, é tão bom ser inocente nos teus braços, é tão bom ter mil medos e ter os meus lábios encostados aos teus, é tão bom ser insegura e ter os teus dedos entrelaçados nos meus.
E se cá não estivesses? Teria certamente que (re)aprender a ser forte, segura, firme, incansável. Teria definitivamente que (re)aprender a ser super-mulher a tempo inteiro e sem qualquer período de tempo para férias. Mas cá dentro, oh! Cá dentro eu estaria destruída, perdida, lavada em lágrimas e, no entanto, o meu sorriso seria capaz de esconder isso tudo de todos - até de ti se fosse realmente necessário.
E no fundo, apesar de todos estes factos, eu sei que mesmo que eu corra pelo mundo inteiro, mesmo que mova qual quer que seja a coisa, nunca irei encontrar alguém como tu.
Há uma semanas, disseram-me que eu tinha que tomar uma decisão definitiva. Que eu teria que pensar para mim mesma e que teria que pesar os prós e os contras para perceber se deveria lutar ou desistir. Sabes qual foi a minha resposta imediata? "Ele fez muita porcaria mas mais nenhuns braços podem substituir os dele, mais ninguém me vai dar os abraços que ele me dava.". E hoje é o dia em que não retiro uma palavra.
Não quero imaginar a minha vida sem ti porque já vi esse filme à minha frente e fiquei destruída interiormente.
Aliás, já que te escrevo, quero aproveitar para te pedir desculpa por todas as vezes em que te atiro com coisas à cara, tal como dizes e também por todas as vezes em que te faço lembrar de coisas de que não te querias lembrar.
Agora entende; há coisas para as quais tu darias tudo para esquecer, no entanto, eu também era capaz de tudo para que da minha memória, elas fossem igualmente apagadas.

domingo, 13 de novembro de 2011

Passei a minha tarde a afogar na almofada as lágrimas que caíam pelo meu rosto sem parar. Já sei, eu já sei que pareço uma parva a chorar sem parar, eu já sei que eu não era tão frágil como agora. Eu sei isso tudo mas não há nada que eu possa realmente fazer - a dor consome-me.
E parece incrível que passado quase dois anos, a dor volte a invadir-me desta maneira; desta maneira que só me faz chorar, suspirar, chamar por ti.
E tu? Onde estarás tu? Não páro de chamar por ti, não páro de olhar para o céu procurando um único pequeno sinal teu e nada, eu continuo sem ver rigorosamente nada. De que estás tu à espera? Do meu desespero? Aqui está ele, no mais profundo de cada palavra que te escrevo. Será que lês o que te escrevo? Será que vês o quanto esta dor me rói por dentro?
Sei que não te posso culpar mas as saudades já são tantas que parece impossível que isto tudo tenha realmente acontecido. Morro de saudades do teu olhar, do teu toque, do teu sorriso a esboçar-se cada vez que me vias a abrir o portão de tua casa.
E para dificultar ainda mais as coisas, a cama onde dormias já não me posso deitar nela, os teus objectos já não posso tocar neles. Custa-te a ti tanto como a nós, não custa? Se soubesses que isto tudo iria acontecer, terias feito tudo de maneira diferente, não era? Muitos me dizem que não mas eu continuo a acreditar em ti, acima de tudo e todos.
E eu? Ainda sou a menina dos teus olhos? Aquela que sabias que a todo o custo te faria sorrir?
Se as minhas lágrimas te pudessem trazer de volta, nós já estaríamos abraçadas há meses e meses.
Se tu conseguiste ler este e os outros textos todos que para ti escrevi, peço-te: nunca te esqueças que te amei e que te continuo a amar desmesuradamente. E, principalmente, que a tua ausência me tem causado uma dor maior do que o mundo.
Espero um dia, poder voltar a ver esse rosto maravilhoso, essas mãos macias, a mulher que tanto admiro.
A verdade é que as mulheres são um quebra-cabeça. Dizem que não quando queriam dizer que sim, dizem que estão bem quando estão no fundo das suas camas, chorando. Dizem aos homens que não querem falar na esperança que um homem as pegue pelo braço e as abrace, dizendo que as quer ouvir até ao fim da noite. Aceito perfeitamente quando os homens dizem que somos muito complexas e muito difíceis mas que queriam vocês? Queriam que fossemos como aquelas que vos dizem sim a tudo e que não precisam de apoio nenhum? Essas mesmas mulheres de que vocês se fartam após dois ou três meses? Não seremos nós muito mais empolgantes de conquistar, de amar?
As mulheres falam muitas vezes o contrário do que sentem, do que pensam. O vosso papel é o de conseguirem decifrar as palavras delas. E sempre que o conseguirem fazer, vocês se tornarão um passo mais próximo de se tornarem no homem da vida dela, não será esta a verdadeira maior e melhor recompensa de todas?
Sejam inteligentes, as mulheres complexas valem a pena.

sábado, 12 de novembro de 2011

O meu coração rebenta pelas costuras quando ouço falar de ti. E encho-me de raiva quando as gentes da tua terra, teimam em acrescentar antes do teu nome próprio, a palavra "falecida". Será que só para mim é que continuas presente a toda a hora? Será que só para mim os teus olhos são luz e as tuas mãos caminho?
Sei agora que para muitos, foste mais uma a partir e sei que muitos pensam que tínhamos (eu e a mãe), de estar inteiramente preparadas para a hora do adeus. Infelizmente, não estávamos e nunca poderíamos chegar a estar. Sabes porquê? Porque quando amamos realmente alguém, nunca chega a hora certa de estar preparado para dizer adeus. E é isso, sobretudo, que as pessoas continuam sem entender.
Não importa, as pessoas não entendem mas isso não faz qualquer importância. O que importa é que para mim, acreditem ou não, tu foste a melhor segunda Mãe que eu poderia ter tido.
E é por isso - não só mas também -, que eu te agradeço cada gesto, cada sorriso, cada momento, cada dia, cada hora, cada minuto, cada segundo, cada almoço, cada sesta na tua cama, cada abraço, cada beijo, cada lição, cada conversa.
P.S. - para todos aqueles que não sabem, a minha avó foi a mulher mais corajosa do mundo! 
AMO-TE MEU ANJO DA GUARDA! ♥

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Há dias em que a memória vai buscar coisas arrumadas bem no fundo daquela tal gaveta. A memória é madrasta mas nada contra isso podemos fazer senão sorrir e tentar voltar a arrumar essas lembranças. O ideal era mandar fora essa gaveta que guarda as mágoas, o problema é que nem todas as nossas gavetas podem ser deitadas para o lixo. E quando não as podemos deitar fora - não porque não queremos mas porque não conseguimos -, refugiamo-nos nas coisas boas que a vida nos oferece.
Porque será que não podemos apagar as memórias que nos torturam ou nos deitam abaixo em alguns momentos da nossa vida? Já me explicaram, é verdade! Mas eu sei que as pessoas dão uma explicação qualquer sem saberem ao certo a resposta.
Tenho tantas perguntas ainda, tenho tantos medos escondidos ainda, tenho tantas feridas. Mas essas perguntas, esses medos e feridas, fizeram de mim aquilo que sou hoje. E eu sei, eu sei perfeitamente que muita gente não entende a minha personalidade por não saber metade da minha vida (e ainda bem!).
E se por um dia que fosse, as pessoas soubessem da minha história toda, de A a Z, o que diriam elas? Entenderiam finalmente porque sou eu tão insegura, tão sincera, tão directa, tão transparente, tão ciumenta?
A verdade (verdadinha) é que sou das pessoas mais inseguras que já conheci em toda a minha vida e que sei, com todas as minhas certezas, que não hei-de mudar nunca. Há momentos, atitudes, palavras e dias que nos marcam de tal maneira que nos mudam para sempre.
Felizmente, ainda não mudei negativamente - a meu ver - por aquilo que algum dia passei.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Estou exausta, febril no verdadeiro sentido da palavra. Sinto que precisava de (no mínimo), vinte e quatro horas seguidas na cama a ver filmes românticos que fazem chorar baba e ranho. Sinto que a minha felicidade está sempre lado-a-lado comigo e ela é-me fiél.
Já passei por momentos muito piores e sei que daqui a dois meses esses momentos vão avivar-se mais na minha memória do que agora. Mas não tenho medo - eu estou protegida para o que der e vier.
Caminho, todos os dias, passo sim passo não com o coração nas mãos com medo que ele caia, ou melhor, com o amor da minha vida nos braços, com medo que ele corra para longe de mim.
Aprendi (há muito tempo) que nem sempre temos aquilo que merecemos, a vida é capaz de ser muito injusta com algumas pessoas porém, a vida acabará por meter no nosso caminho, uma luz ao fundo do túnel, que poucos são capazes de ver.
Eu vi essa luz, aliás, essas luzes e apesar de as interpelar mais ou menos, eu sei que o anjo que me guarda, não vai deixar nunca que as minhas luzinhas me deixem de guiar o caminho certo.
E agradeço muito a essas luzes. Mas agradeço principalmente, ao anjo que as enviou. ♥
Há pessoas que passam pela nossa vida e não têm função nenhuma para além de empatarem tempo. E foi isso que tu foste, exactamente isso: uma perda de tempo. Preocupei-me, humilhei-te num mundo só meu e desejei-te o pior (tal e qual como sei que o fizeste quanto a mim), mas não importa.
Pessoas como tu vão aparecer na minha vida como quem estala os dedos, a vantagem é que também desaparecerão assim mesmo: como quem abre e fecha os olhos.
E um dia, ainda te vão arrancar o amor da tua vida e aí, aí quero ver como te sentes quando "a outra" (sim porque tu não foste mais do que uma simples "outra"), falar desse teu amor com palavras quentes, sentimentos fogosos. Ainda cá vou estar para assistir e como coração mole que sou, (impulsivo mas mole), vou desejar que o teu mal tenha um fim próximo.
E tu, que tinhas uma enorme consideração por mim, consideração essa que desceu a pique, tal como para muitas amigas tuas, digo-te de coração aberto: felizmente, nunca precisei de pessoas que me digam que ficaram desiludidas com aquilo que achavam de mim por erros meus. E sabes porquê, triste alma? Porque ao longo da minha vida, sempre tive pessoas que me davam certezas de que a minha personalidade poderia não ser a melhor, a mais bondosa, a mais brilhante mas que a gabriela de hoje era a gabriela de sempre e que não preciso de ser melhor ou maior porque EU sou EU e é exactamente isso que eles gostam em mim.
Mas lembra-te: tu não és NINGUÉM para me dizer como devo eu agarrar a vida com unhas e dentes.