quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ontem reparei que já li um livro umas três vezes e que todas as vezes em que já o li, a minha atenção estava direccionada para pontos diferentes do livro. E acho que este é o melhor exemplo de que nas nossas vidas temos fases. Fases que duram muito, duram pouco, fases que deixam marcas por vezes permanentes e por vezes temporárias. O livro é um diário de pais sobre uma filha com um tumor cerebral. E desta vez sabes em que é que eu me foquei (sem sequer ser propositado)? No homem que escrevia sobre a filha. Vi nesse homem um pai maravilhoso, alguém excepcional, ou melhor, alguém normal. Alguém normal e banal que levava o seu emprego de Pai muito a sério. Será que a mim também, se me diagnosticassem um tumor e me dessem apenas mais nove meses de vida, o meu pai assumiria o emprego fundamental de um homem com família da melhor maneira? Será que ele arregaçava as mangas e se punha ao trabalho arduamente para me compensar dezasseis anos de desemprego? Eu não sei. E sinceramente não quero pensar nisso porque nove meses é muito pouco para estar com as pessoas que amo, para lhes dizer tudo aquilo que quero dizer e principalmente, é muito pouco tempo para dar os mimos que me restam dar à minha mamã.
Hoje a conversa entre as meninas foi sobre muitas coisas mas acabamos por falar de mães. E eu percebi que a minha mãe é uma super-mulher e que é mil vezes melhor do que todas as outras mães, digam aquilo que disserem. Porquê? Então porque a minha mãe faz de mãe, de pai, de melhor amiga, de confidente, de diário, de conselheira e de mais quinhentas coisas ao mesmo tempo. E ainda desempenha cada um desses papéis na perfeição!
A minha mãe merece mundos e fundos movidos em honra dela mas eu ainda vou conseguir fazer mais do que isso. Porque ela prometeu ser uma mãe exemplar e também consegue ser, todos os dias da minha vida, muito mais do que apenas uma maravilhosa mãe.

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