domingo, 13 de novembro de 2011

Passei a minha tarde a afogar na almofada as lágrimas que caíam pelo meu rosto sem parar. Já sei, eu já sei que pareço uma parva a chorar sem parar, eu já sei que eu não era tão frágil como agora. Eu sei isso tudo mas não há nada que eu possa realmente fazer - a dor consome-me.
E parece incrível que passado quase dois anos, a dor volte a invadir-me desta maneira; desta maneira que só me faz chorar, suspirar, chamar por ti.
E tu? Onde estarás tu? Não páro de chamar por ti, não páro de olhar para o céu procurando um único pequeno sinal teu e nada, eu continuo sem ver rigorosamente nada. De que estás tu à espera? Do meu desespero? Aqui está ele, no mais profundo de cada palavra que te escrevo. Será que lês o que te escrevo? Será que vês o quanto esta dor me rói por dentro?
Sei que não te posso culpar mas as saudades já são tantas que parece impossível que isto tudo tenha realmente acontecido. Morro de saudades do teu olhar, do teu toque, do teu sorriso a esboçar-se cada vez que me vias a abrir o portão de tua casa.
E para dificultar ainda mais as coisas, a cama onde dormias já não me posso deitar nela, os teus objectos já não posso tocar neles. Custa-te a ti tanto como a nós, não custa? Se soubesses que isto tudo iria acontecer, terias feito tudo de maneira diferente, não era? Muitos me dizem que não mas eu continuo a acreditar em ti, acima de tudo e todos.
E eu? Ainda sou a menina dos teus olhos? Aquela que sabias que a todo o custo te faria sorrir?
Se as minhas lágrimas te pudessem trazer de volta, nós já estaríamos abraçadas há meses e meses.
Se tu conseguiste ler este e os outros textos todos que para ti escrevi, peço-te: nunca te esqueças que te amei e que te continuo a amar desmesuradamente. E, principalmente, que a tua ausência me tem causado uma dor maior do que o mundo.
Espero um dia, poder voltar a ver esse rosto maravilhoso, essas mãos macias, a mulher que tanto admiro.

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